"-Contudo essa segunda absolvição não é tampouco definitiva não é mesmo ? - disse K., movendo a cabeça com gesto negativo.
-Certamente que não -corroborou o pintor -;à segunda absolvição segue o terceiro arresto; à terceira absolvição, a quarta prisão, e assim sucessivamente. Isso corresponde à essência mesma da absolvição aparente." Essa citação faz referência ao livro : O processo, de Franz Kafka. No meu entender um autor q mostra alto desempenho intectual. Usa e abusa das palavras... Bastante letrado. No entanto pra quem lê e não está acostumado à uma linguagem q é quase erudita, a leitura se faz difícil. Foi assim pra mim desde q comecei a lê-lo! Acustumado com leituras mais fáceis, com linguagem mais simples, mas de autores igualmente intelectualizados, como Monteiro Lobato, Machado de Assis, Kalled Roseini, senti realmente alguma diferença. Nesse ponto parei pra pensar: "A arte é verdadeiramente discutível". Será q ser intectualizado é realmente erudir coisas q poderiam ser bem mais fáceis de serem entendidas ? É jogar com as palavras? (No caso do livro em questão) É complexibilizar coisas simples e criar situações inexistentes? Como no enredo do livro "O processo" no qual o personagem central é acusado de um crime q não sabe qual é e q é condenado por um tribunal q inexiste numa realidade lógica e, mais ainda, julgado e condenado por um crime no qual não se sabe o motivo, com regras e legislação ilógica na realidade como a conhecemos? "A dilação indefinida -Disse o pintor, ficando um instante em silêncio e olhando diante de si como se estivesse procurando a expressão adequada que explicasse inteiramente seu pensamento -, a dilação indefinida consiste em manter o processo permanentemente em uma das fases iniciais". Para muitos complexibilizar e criar situações ilógicas no processo artístico seria considerado "babozeira". Para outros uma valorização do q é impalpável. No final a arte se mostra subjetiva. Encantando e provocando nosso senso crítico Afinal... gostar ou odiar depende de cada um.
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